Com os modelos Discovery, Range Rover e Freelander em sua linha, a Land Rover acredita que ainda existe uma lacuna a ser preenchida, lacuna que pode ser ocupada por um modelo premium de intenções mais urbanas, mas com o espírito robusto do qual a marca tanto se orgulha. A solução está no conceito LRX. O crossover foi desenvolvido pelo departamento de design da marca inglesa e explora a fundo esses novos conceitos, ao mesmo tempo em que empurra os limites da identidade visual da montadora.
O modelo foi apresentado à imprensa mundial em 26 de novembro de 2007, bem antes de sua estréia oficial - que está marcada para o Salão de Detroit, em janeiro de 2008. A versão apresentada não tinha nenhuma motorização, em um sinal claro de que o desenho é o foco. O LRX é um utilitário para quatro ocupantes com exterior marcado por linhas paralelas que “crescem” na medida que avançam da traseira para a dianteira do carro. Isso garante uma impressão imediata: a de um carro dinâmico e compacto que não pertence a um segmento específico.
“Se fosse produzido, esse seria o menor Land Rover disponível hoje”, informa Gerry McGovern, diretor de design da montadora. O tamanho, porém, não deve ser considerado uma maneira de classificá-lo. “Não é um modelo de entrada, é um topo de linha de luxo”, define Gerry.
Apesar da aparência urbana, que busca também agradar públicos ainda distantes da marca, como mulheres e jovens, o modelo mantém sinais típicos de um Land Rover fora-de-estrada, como as entradas de ar e a grade dianteira robusta.
O interior é marcado por materiais de luxo que buscam reforçar a sensação premium. Outros destaques são os assentos “flutuantes”, presos por um braço ao console central, o painel de instrumentos totalmente digital e acompanhado por marcas em relevo e, principalmente, o sistema de iluminação, que muda entre três opções de cores (vermelho, azul e verde) conforme o modo de direção escolhido. O sistema Terrain Rensponse tem lugar garantido, recebendo apenas um novo tratamento visual em seu seletor.
“Nós não costumamos trabalhar muito com detalhes que não tenham uma funcionalidade”, afirma Gerry. Isso pode ser notado no porta-malas, que, além de contar com um amplo espaço, pode ser convertido em uma área de pic-nic: basta abrir a tampa para formar uma “mesa” e destacar as caixas de som sem fio para fora do veículo.
Os executivos da marca não afirmam se o modelo entrará em produção, mas avisam que, caso a recepção do conceito pelo público seja boa, ele poderá estar à venda dentro de três anos. O LRX foi construído sobre a plataforma do Freelander e ficaria na mesma faixa de preço que o irmão. Os envolvidos no projeto apontam que o motor ideal para ele seria um híbrido de alta performance. “A versão de produção precisaria ser a melhor da classe, mesmo ele não pertencendo a um segmento específico”, declara Gerry.
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