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22 de mai. de 2009

Pearl Jam - A História

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A HISTÓRIA

O Pearl Jam é uma das mais importantes e competentes bandas saídas de Seattle no fértil período do grunge. Mas, ao mesmo tempo, não podemos dizer que ela seja umas das bandas mais representativas deste movimento, uma vez que o som feito pelo quinteto é bem mais amplo e eclético do que o praticado pela maior parte dos grupos de Seattle. O Pearl Jam não se atém ao rock pesado e arrastado (que é o maior referencial em termos de característica musical das bandas nascidas no grunge) de bandas como Alice in Chains e Soundgarden, e muito menos a energia punk do Nirvana, mas eles misturam tudo isso com uma boa dose de várias outras sonoridades e estilos. No primeiro disco, eles parecem até que vão seguir esses preceitos típicos do grunge descritos acima, mas já dá pra perceber em várias canções que eles tem potencial para fazer algo mais elaborado, o que se confirma no segundo álbum em diante. Provavelmente, é isso que faz do Pearl Jam continuar na estrada até hoje, sempre com um grande sucesso comercial. O embrião do Pearl Jam pode ser encontrado em outras bandas de Seattle, na época em que a cidade ainda não era o grande foco das atenções no mundo do rock’n’roll. Podemos começar dizendo que o guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament eram amigos e formaram uma banda de hard-rock chamada de Green River ao lado do guitarrista Steve Turner e o vocalista Mark Arm, mais ou menos na metade da décade de 80. Chegaram a gravar e lançar um disco, chamado “Rehad Ball”, além de um EP, pelo selo local Sub Pop. Mas em 1988, a banda resolve se separar, sendo que Arm e Turner formariam logo depois o Mudhoney. Jeff e Stone continuam juntos e, juntamente com o baterista Jeff Turner e o vocalista Andrew Wood, formam uma nova banda, chamada Mother Love Bone. Assinam um contrato com a Geffen Records e lançam em 1989 o EP chamado “Shine” e, em 1990, um álbum chamado “Apple”. A banda começa a fazer a sucesso nos EUA, quando, logo depois do lançamento de “Apple”, em 16 de março de 1990, morre o vocalista Andrew Wood, vítima de uma overdose de heroína. Depois disso, Stone e Jeff se separam, mas continuam a compor e escrever músicas. Depois de algum tempo, voltam a se juntar com o propósito de formar mais uma banda. À eles se junta o guitarrista Mike McCready (ex-Shadow), mas faltava ainda um vocalista e um baterista. Por intermédio do amigo e baterista Jack Irons (ex-Red Hot Chilli Peppers), eles conhecem Eddie Vedder, que estava naquele momento trabalhando em uma indústria de petróleo em San Diego (que fica no estado da California, sendo que Eddie nasceu no estado de Illinous), mas que costumava cantar e tocar com alguns amigos nos bares da cidade, em uma banda chamada Bad Radio. Vedder recebe uma fita demo do trio de Seattle (apenas com músicas instrumentais) e gosta do som que ouve. Ele resolve escrever as letras que faltam à essas músicas (reza a lenda que ele foi surfar um dia, e, ao sair do mar, estava com as três letras prontas na cabeça – são elas: “Once”, “Alive” e “Footsteps”, e possuem ligação entre si), e ele mesmo grava sua performance por cima dos instrumentos na fita e a envia de volta para Seattle. O trio fica impressionado com o que ouve e resolve convidar Eddie para ser o vocal da futura nova banda. Assim, ele vai para Seattle e grava com a banda durante três semanas, sendo que ao final dessas, já estavam se apresentando para o público local. Ao mesmo tempo que isso acontecia, Chris Cornell, vocalista do Soundgarden e ex-companheiro de quarto do falecido vocalista do Mother Love Bone, resolve formar um banda para fazer um disco em homenagem ao antigo companheiro. Ele contacta Jeff Ament e Stone Gossard, que aceitam fazer parte desse projeto. Estes, por sua vez, levam Mike McCready e Eddie Vedder, e juntamente com o baterista Matt Cameron, também do Soundgarden, formam o Temple of the Dog. Gravam um excelente álbum auto-intitulado, que saiu pela A&M Records em 1991. Depois do fim dessa banda (que desde o início era apenas um projeto temporário para homenagear o carismático Andrew Wood), Jeff, Stone, Mike e Eddie decidem formar definitivamente uma nova banda, e para isso ganham o reforço do baterista Dave Krusen. Assim, nasce o Pearl Jam. A princípio, o nome da banda seria Mookie Blaylock, que era o nome de um jogador de basquete. Mas eles tiverem que mudá-lo por problemas burocráticos, e Vedder sugere o nome Pearl Jam, que seria uma homengam à uma geléia com poderes alucinógenos que sua avó (chamada Pearl) fazia. Depois de mais algum tempo gravando material para o álbum debut, eles assinam um contrato com a Epic Records, lançando o resultado dessas gravações em agosto de 1991. Esse resultado é o disco “Ten” (número da camisa de Blaylock no New Jersey Nets), certamente um dos melhores álbuns do grunge, e do rock em geral nos últimos tempos. Possui canções belas e inesquecíveis como “Alive” (o grande sucesso radiofônico do disco, e que levou o Pearl Jam a ser conhecido nos quatro cantos do mundo), “Oceans”, “Black” e “Release”, outras pesadas e raivosas típicas do grunge, como “Once” e “Why Go”, além de outras excelentes por si sós, como “Jeremy” (outro grande sucesso radiofônico, e que possui uma letra auto-biográfica de Vedder, narrando problemas em sua juventude), “Porch” e “Even Flow”. Com a excessiva excecução desse disco nas rádios e MTVs, a banda vai ficando bastante conhecida (logo Vedder começa a sentir o peso desse sucesso) e o álbum chega assim ao Top Ten americano. A banda ganha o prêmio de Video of the Year da MTV, com o clip de “Jeremy”, além de vários outros prêmios. O destaque final fica por conta das emotivas letras escritas por Vedder, responsáveis em parte pela sintonia imediata do público com a banda. Ele costuma dizer que suas letras são para serem interpretadas por cada um como bem entender, podendo até gerar interpretações distintas dependendo do ouvinte. Assim, a banda parte para uma grande turnê de divulgação ao redor do mundo, mas sem o baterista Dave Krusen, que saiu no final das gravações desse primeiro disco por problemas pessoais. Matt Chamberlain tocou com a banda nessa turnê. O Pearl Jam também fica conhecido por suas apresentações, cheias de energia e com o carisma de Vedder transbordando em cada uma delas, com seu comportamento no palco e os constantes stage-dives em meio ao público. Em 1992, a banda participa do filme “Singles”, do diretor americano Cameron Crowe. Nesse filme, é feito um retrato da geração grunge de Seattle, e várias bandas da cidade aparecem tocando, como por exemplo, o Alice in Chains. Alguns dos membros do Pearl Jam fazem parte da banda de Matt Dillon, chamada Citizen Dick, sendo que Vedder é o baterista. A banda participa ainda de um mini-acústico para a MTV, onde eles tocam algumas canções do primeiro disco, além de uma música que saiu na trilha sonora do filme “Singles” (chamada “State of Love and Trust”, e que podia perfeitamente ter saído no “Ten”, de tão boa que é) e uma música cover de Neil Young, chamada “Rockin’ in the Free World” (que a banda também tocou em vários shows normais). Nessa apresentação, Vedder protagoniza um show particular ao final, quando ele sobe no banquinho em que estava sentado e com uma caneta escreve vários slogans em seu corpo, em particular, alguns a favor de um instituição ambiental chamada Earth First (ele possui uma tatuagem em sua perna com o logotipo dessa instituição, da qual ele é sócio). O ano de 1992 também marcou a aproximação entre o Nirvana e Pearl Jam, uma vez que, no passado, Kurt Cobain havia hostilizado a banda de Eddie Vedder. Depois de conhecer Vedder pessoalmente, Kurt pediu desculpas em público pelo o que havia dito sobre eles. “I’m not going to do that anymore. It hurts Eddie and he’s a good guy”, disse Kurt em uma ocasião. A agenda do grupo em 1992 continua intensa: Vedder ainda acha tempo de participar das gravações do álbum “Recipe for Hate”, do Bad Religion, banda do seu amigo Greg Graffin. No quesito shows, a banda abre para vários artistas conhecidos, como Red Hot Chilli Peppers, U2 e Neil Young (com quem fariam uma parceria anos mais tarde), além de serem o headliner da segunda edição do festival alternativo Lollapalooza, organizado anualmente por Perry Farrell (ex-Jane’s Addiction e Porno for Pyros). Depois desse exaustivo ano, em que o Pearl Jam consolidou de vez o status de ser a grande banda de rock do momento, o grupo volta ao estúdio para gravar o seu segundo disco. Em outubro de 1993 sai então “Vs”, outro álbum excepcional. A principio, ele iria se chamar “5 Against 1”, mas na última hora a banda resolveu chamá-lo simplesmente de “Vs” (aliás, esse título não está escrito em nenhum lugar do CD, à exemplo do que fez o Led Zeppelin em seu quarto disco). No line-up da banda, nova troca de baterista: Matt Chamberlain saiu para ir tocar no Saturday Night Live Band, e no seu lugar entra Dave Abbruzzese. A banda mostra definitivamente que pode ir além do que faz a maioria das bandas grunges, que nessa época, já estavam fazendo muito sucesso. Possui excelentes canções como “Animal”, “Daughter”, “Rearviewmirror”, “WMA”, “Leash” e “Indifference”. Cada canção transborda de feeling e garra, mostrando a banda bem entrosada e com composições excepcionais. O disco logo entra no Top Ten americano, tendo atingido a incrível marca de 350.000 cópias vendidas apenas no primeiro dia de seu lançamento. Mas nem tudo são flores: Vedder experimenta cada vez mais o que é ser um “rock star”, sendo que isso o incomoda. Mas a banda não diminui o ritmo intenso. Ainda em 1993, Eddie participa de um show no Rock and Roll Hall of Fame ao lado dos ex-membros do The Doors, Ray Manzarek, John Densmore e Rob Krieger. Lá eles cantam três músicas do inesquecível grupo de Los Angeles: “Roadhouse Blues”, “Break on Through” e “Light my Fire”. Para fechar o ano, a banda aparece em uma apresentação para o MTV Music Video Awards, com Neil Young no palco para a última música, “Rockin’ in the Free World”. Nesse período, a banda começa a se mostrar insatisfeita com a política comercial da Ticketmaster, a empresa americana que conso possibilitou à banda gravar aquele que veio a ser um dos discos mais respeitados da história do metal mundial. BENEATH THE REMAINS(89), é até hoje uma grande referência. Foi gravado no Brasil, e apesar do orçamento apertado trouxeram o produtor norte-americano Scott Burns. Ele foi uma peça fundamental devido á sua experiência. Proporcionou condições favoráveis de trabalho para a banda e os ensinou a trabalhar como profissionais, passando informações valiosas aos músicos iniciantes. O produtor mixou e masterizou o trabalho em sua terra natal, algo inédito para uma banda de metal brasileiro na época.

Lançado o disco o SEPULTURA partiu para sua primeira turnê internacional, viajando pela Europa junto com os alemães do Sodom, Estados Unidos, e México. A banda chamou atenção por onde passou e seu nome despontou na mídia mundial. Nesta turnê encontraram uma de suas fontes de inspiração, Lemmy Kilmister e seu Motörhead, cruzaram o muro de Berlim ainda na época da guerra fria, e até conheceram o Metallica (banda muito forte na época). Foi gravado nesta época o primeiro vídeo clipe do SEPULTURA, 'Inner Self ', que tal qual 'Mass Hypnosis' e ‘Beneath the Remains’, tornou-se um clássico da banda.

A história continua com o disco ARISE (91). Curiosamente ele foi lançado antes no Brasil devido ao festival Rock in Rio II, no qual o SEPULTURA foi um dos destaques. Esta versão antecipada leva o título ARISE ROUGH MIXES.

Logo a apresentação no Rio a banda promoveu um show gratuito em São Paulo na praça Charles Müller em frente ao estádio do Pacaembu. A audiência de aproximadamente quarenta mil pessoas mostra a força que o SEPULTURA já possuía. Infelizmente algumas pessoas confundiram o espírito de confraternização dos fãs, e um rapaz foi assassinado. Esta fatalidade criou um falso mito sobre o público da banda, que repercutiu por muitos anos negativamente fazendo com que muitos produtores de shows Brasileiros temessem marcar shows com o grupo.

O lançamento do CHAOS A.D. foi em grande estilo, em um castelo medieval na Inglaterra e com a presença de boa parte da imprensa mundial. O SEPULTURA foi capa de muitas revistas por todo o mundo. Nesta turnê a banda foi até Israel gravar o clipe da música ‘Territory’, também lançada como single. Este vídeo foi eleito o melhor Vídeo Clipe do ano pela MTV Brasil, que levou a banda á Los Angeles para receber o astronauta de prata.

Outros clipes/singles tirados deste álbum foram ‘Refuse/Resist’ e ‘Slave New World’, e o home-vídeo ‘Third World Chaos’.

A concepção do disco ROOTS (96) começou com a experiência musical e espiritual que o SEPULTURA teve com a tribo dos índios XAVANTES. A música 'Itsari' foi gravada na Aldeia Pimentel Barbosa no ano de 1995, ás margens do Rio das Mortes no Estado de Mato Grosso. Já o restante do álbum foram feitas em Malibu no estúdio Índigo Ranch, dotado de instrumentos de idade avançada, e fazendo da gravação a mais crua o possível.

Neste disco a banda mergulhou fundo nas experiências musicais. Os clipes/singles foram 'Roots Bloody Roots' gravado na cidade de Salvador; 'Attitude' que teve fotos de tatuagens de fanáticos por SEPULTURA como capa e contou com a participação especial da família Gracie no vídeo clipe. 'Ratamahatta' foi um clipe diferente de todos os anteriores do SEPULTURA, feito todo em animação gráfica computadorizada. Ainda foi lançado o disco duplo THE ROOTS OF SEPULTURA, no qual um dos discos conta boa parte da história musical da banda, e o segundo é o álbum ROOTS.

O SEPULTURA continuava fazendo suas incansáveis turnês pelo mundo, só que o ambiente interno era de desgaste. A banda foi convidada para se apresentar nos maiores festivais europeus, e novamente no 'Monsters of Rock' como uma das principais atrações. Porém o destino impediu Max de se apresentasse no festival, já que o grande amigo da banda, filho da empresária e afilhado do vocalista (Dana Wells) havia falecido. E em uma das mais importantes apresentações da carreira da banda o SEPULTURA estava como um trio. Neste dia contaram com a ajuda de diversos amigos para conseguir fazer o show, pois a notícia havia sido um grande choque para todos.

O público presente entendeu a situação e fez um minuto de silêncio a pedido da banda, uma cena que dificilmente se repetirá com tamanha multidão.
Após um breve luto, o SEPULTURA precisou voltar a estrada, pois haviam muitos compromissos agendados. A banda estava no topo da pirâmide e o respeito e admiração que desfrutavam era fora do comum. Infelizmente os constantes desentendimentos com sua empresária Glória, que é esposa do Max, fizeram a banda chegar numa encruzilhada, e a Sepultribo se separou. Andreas, Igor e Paulo tinham a convicção de que a empresária já não estava mais os representando do jeito que deveria e comunicaram sua decisão de não renovar seu contrato de trabalho. Havia a opção de que ela continuar a cuidar dos interesses de Max. Ele não aceitou a decisão dos companheiros e abandonou o SEPULTURA, achando estar sendo injustiçado. A partir de então as trevas caíram sobre o SEPULTURA e o futuro era incerto.

Com o tempo a banda acostumou-se á nova situação imposta. Sabia que não iria parar o trabalho dlamente, para aqueles que acreditam. Enquanto a imprensa detona o quinteto (e, principalmente Eddie Vedder), vários artistas os defendem, entre eles Michael Stipe, do REM, e Courtney Love, do Hole, dando assim mais credibilidade à banda, e fazendo com que os fiéis e verdadeiros fãs do Pearl Jam continuem os prestigiando. Obviamente, “No Code” não foi um retumbante sucesso comercial, mas mesmo assim vendeu bem, e a banda parte para um nova turnê de quase dois anos, sempre com bons públicos (a despeito de não estar sendo bancada pela Ticketmaster). É importante dizer também que o grupo perdeu um pequena parcela de fãs antigos, que gostavam mais da época grunge do quinteto, com suas músicas raivosas e pesadas, mas mesmo assim, o Pearl Jam continua sendo uma das melhores bandas do mundo, fato comprovado em cada uma das excelentes faixas desse disco. Depois da extensa turnê de divulgação, o Pearl Jam volta ao estúdio e passa o resto de 1997 trabalhando em novo material. O resultado é lançado em fevereiro de 1998, e é chamado de “Yield”. Boas críticas e vendagens relativamente boas também marcam esse lançamento, mas claro, sem a euforia que marcou os dois primeiros discos da banda, na época em que eles eram as vítimas principais dos tubarões chamados MTV e rádio. Esse disco é bem parecido com “No Code”: mostra a banda mais madura e competente em suas composições e arranjos intrumentais, com músicas mais voltadas ao rock’n’roll normal, livrando-se definitivamente do estigma de banda grunge. São vários os destaques do disco, como a contagiante “Brain of J”, a bela “Faithfull”, “Given to Fly” (que tem uma levada muito parecida com “Going to California” do Led Zeppelin) e a pérola “MFC”, que tem um trabalho de guitarras inesquecível. Nesse disco, a banda volta atrás em uma das atitudes da postura anti-comercial levadas a cabo por eles, aquela mais afetou os fãs (e por isso mesmo eles acabaram cedendo): a não produção de vídeo-clips. Eles fazem um excelente vídeo para a faixa “Do the Evolution”, que é todo feito em desenho animado, produzidos pelo criador do personagem de revistas em quadrinhos e cinema Spawn. O clip é transmitido exaustivamente pela MTV ao redor do mundo. Depois do lançamento do álbum, Jack Irons sai da banda (dizem eles ser uma saída temporária) e Matt Cameron (que havia ficado sem banda depois do fim do Soundgarden) assume as baquetas. Ainda em 1998, dois novos lançamentos da banda: o vídeo “Single Video Theory”, onde a banda aparece tocando músicas do último álbum, e o primeiro disco ao vivo do grupo: “Live on Two Legs” (o título é uma referência a um disco do Queen). Nesse álbum, a banda aparece tocando músicas de todos os seus cinco discos, e fecha o álbum com mais um cover de Neil Young, a excelente “Fuckin’ Up”. O ano de 1999 começou com o Pearl Jam participando de um disco em benefício das vítimas da guerra de Kosovo, chamado “No Boundaries” (no Brasil, “Sem Fronteiras”). O grupo aparece com a música “Last Kiss”, uma bela e simples balada, que tocou exaustivamente nas rádios do Brasil (e que virou um single da banda). Ainda em 1999, o Pearl Jam volta a trabalhar na gravação de um novo disco, o sexto de estúdio. O resultado é lançado em maio de 2000, e se chama “Binaural”. Produzido por Tchad Blake e mixado por Brendan O ‘Brian, “Binaural” pode ser comparado com “Yield” e “No Code”, por mostrar a banda mais contida, sem o peso e agressividade de antigamente, mas ainda com muita criatividade e competência, sendo bastante visível a maturidade das composições e melodias criadas pelo quinteto. Destaque para as músicas “God’s Dice”, “Nothing As It Seems” (primeiro single do álbum), “Light Years”, “Soon Forget” (apenas Eddie Vedder na voz e ukelele) e “Grievance”. A produção de “Binaural” é muito boa, realçando em algumas músicas uma atmosfera meio depressiva e pesada, como em “Nothing As It Seems” e “Sleight of Hand”. As composições foram feitas por Stone Gossard, Eddie Vedder e Jeff Ament, ao contrário de antigamente, em que Vedder era praticamente o único compositor da banda. Por fim, vale destacar que o grupo continua a distribuir seus álbuns em caixinhas especiais (isso acontece desde o terceiro disco, “Vitalogy”), para evitar que o trabalho chegue mais caro as lojas devido à tradicional caixinha de plástico que é produzida por uma única empresa nos EUA.
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